segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O que vocês fariam?

Voltando de um supermercado aí que eu não vou citar o nome para não fazer propaganda, minha mãe percebeu que duas pilhas recarregáveis não tinham vindo. A moça do caixa tinha levado para tirar o lacre e deve ter esquecido. O supermercado não é exatamente perto de casa, mas 29 reais não são exatamente pouco dinheiro, e então minha mãe voltou lá assim que deu.

Eu pensava que esquecer coisa nesses lugares era tipo perdeu, pardal tchau nunca mais. Percebo aqui a mentalidade de cidade do interior, que acha que numa cidade grande (São Paulo capital, prazer) as coisas não são devolvidas porque ou a tiazinha do caixa devolveu para onde estava ou algum filhodaputa roubou e já está a tirar fotos com as pilhas roubadas. Não sabia que tinha essas modernidade de CADERNINHO: COISAS QUE AS PESSOAS ESQUECERAM. Assim, como administradora do estabelecimento eu optaria por devolver, dependendo, obviamente, do produto retirado (não dá para esquecer um liquidificador ou geladeira por exemplo), para o cliente. Até entendo que tem ACHADOS OU PERDIDOS, mas esse tal de caderninho eu realmente não fazia idéia, nunca havia acontecido comigo ou com alguém próximo.

Quer dizer, até acontece da gente esquecer um saco de bala ou alguma coisa no supermercado. Mas se é longe e se custa menos de 4 reais, a gente não volta para buscar né?Mas a minha mãe voltou. E a moça conferiu: data , pilhas recarregáveis, cliente esqueceu. Fez minha mãe assinar e deu a pilha para ela. Ficamos felizes pela competência e organização do supermercado e voltamos felizes para casa. E fotos bonitas foram tiradas com essas pilhas. Fotos de..bom, não vem ao caso. Acontece que como toda casa, aproveitamos o fim de semana para colocarmos a arrumação em dia. E eis que no meio da faxina, ao abrir o armário nos deparamos com..... duas pilhas lacradas. SIM, AINDA TINHA O LACRE.

Seria o destino? Como é possível que as pilhas tivessem vindo para casa SE NO CADERNINHO CONSTAVA PILHA? Seria possível que no mesmo dia duas pessoas tivessem esquecido A MESMA COISA? Seria um presente divino?

E o dilema ético? Na hora de reclamar, de ir, a gente foi. E na hora de devolver, não? Pensamos "Po, que legal, agora temos 4 pilhas hehehe". Podíamos dar para outra pessoa as pilhas, vai que viram fotos divertidas. Ou ficar com as quatro e dominar o m.. tá, mentira. Ao chegarmos no supermercado (sim, nunca teve dilema ético. Minha mãe é do tipo corretinha), a moça agradeceu e disse que tinha sido muita bondade nossa.

Não, não foi bondade, não. Era obrigação, mesmo.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Provocando: a arte de criticar alguma coisa sem base para tal.

E eu recebo email da Polishop praticamente todos os dias. Mesmo que eu tente evitá-lo, ele está sempre lá, ressurgindo das profundezas do lixo eletrônico caindo direto para minha caixa de entrada e indo parar subconscientemente no meu cérebro: Comece a semana com Novas Ideias. Confira.‏ Até ai, ok. Eu realmente preciso de boas idéias ás vezes, a gente fica sem assunto pra paquerar o vizinho no elevador escrever no blog ou para alimentar o brainstorming

(Brainstorm é uma banda de power metal e progressive metal da Alemanha. Inicialmente formada em 1989 por Torsten Ihlenfeld e Milan Loncaric nas guitarras e Dieter Bernert na bateria, o Brainstorm lançava no ano seguinte a sua primeira demo intitulada "Hand Of Doom". Abrindo shows para Stormwitch, Exciter e Rage, as faixas "Queens and Sins" e "Law" surgiram com a compilação de um LP. Completando a formação com o baixista Andreas Mailänder, a banda lançou sua segunda demo, a "Heart Of Hate" no ano de 1992, que merecidamente ganhou espaço na cena local do metal alemão.)

[eiiiiiiiii perai, Wikipedia, vc errou rsssssss ]

(O brainstorming (ou "tempestade cerebral"), mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma actividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo - criatividade em equipe - colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados.)

[issaêêÊêêêêê]

Sim, porque sempre que eu vejo uma boa idéia eu adiciono na minha lista de boas idéias para conquistar o mundo e ficar milionária junto com meu amigo . Aliás, não sei das outras pessoas, mas eu só acho legal conquistar o mundo e ficar milionária porque daí você chega no outro estágio que é escrever um livro contando como conquistou mundo e ficou milionária. O que é patético porque a maioria das pessoas que conquistam o mundo trabalharam muito para isso e aqueles que compram o livro não querem exatamente fazer alguma coisa muito trabalhosa, do contrário elas tariam procurando emprego não gastando dinheiro com livros de auto-ajuda rssss.

Mas então, voltando pro POLISHOP LIÇÃO NÚMERO 1:

Comece a semana com Novas Ideias. Confira.‏
De: Polishop News (direto@mkt.polishop.com.br)
Risco médioVocê pode não conhecer este remetente.Marcar como confiável|Marcar como lixo
Enviada: segunda-feira, 5 de outubro de 2009 5:11:37


Além de uma ENXURRADA randômica de produtos, erraram feio no conceito.Perceba essa incrível ligação entre o assunto do email e uma parte retirada do corpo do mesmo: "Comece a semana com novas idéias " "MÁQUINA DE CAFÉ DOLCE GUSTO PRETA + CHOCOCINO + ESPRESSO + PORTA-CÁPSULA 10x R$ 65,99"

AMIGO, MÁQUINA DE CAFÉ NÃO É UMA GRANDE IDÉIA.

SERIÃO!!!

Foi inventada em 1822, na França, e desde então só mudou a porra da embalage (quando eu vou ao shopping Bourbon fico HORAS namorando a cafeteira vermelha em forma de Mickey na loja Santa Helena coiso. 300 reais. Se eu tivesse dinheiro comprava. E eu nem bebo café).

Aí vão falar "É, mas por trás de cada produto é uma idéia que lhe é passada". Ok, concordo. Até concordo que atrás de um produto existe um conceito a ser passado e inclusive existem outros produtos dessa mesma loja que o fazem muito bem. MAS NÃO É O CASO dessa máquina de café. Até porque o maior conceito que ela pode passar é... beba café? Siga a vida agitado (opa, escorrei no Nescau) ? Se ainda fosse "AE AMIGO COMECE A SEMANA COM NOVAS IDÉIAS: BEBA CAFÉ, NÃO DURMA, E PASSE A NOITE BOLANDO PLANOS MIRABOLANTES" eu atéééé respeitava, juro.

Outra coisa. FOI-SE o tempo em que as pessoas clicavam nesses emails idiotas. A maioria das pessoas que eu conheço (e que conhecem a net há pelo menos um ano) simplesmente ignoram automaticamente ao olhar qualquer email de propaganda. A gente CANSOU dessas frases-feitas idiotas sem sentido nenhum. A gente não vai abrir isso, cara. A internet mudou muito, as pessoas estão mais exigentes e críticas. Ok, não conheço a fundo como andam as vendas da POLISHOP ou qualquer outra empresa que utilizam esse tipo de propaganda, porém eu acho que se existe venda é muito mais pela MARCA em si, pelas propagandas e lojas físicas do que por essas propagandas por email. Não me entendam mal: eu adoro a Polishop! Mas se a minha ÚNICA forma de contato com essa loja fosse por email, eu jamais teria comprado alguma coisa lá.

Outra coisa número 2 (ou 3, sei lá, não to contando): se você quer fazer propaganda dos seus produtos, estude o perfil do seu cliente ao menos. Já que é para padronizar (eu sei que não dá para fazer um email personalizado , oks), então faça uma lista das coisa que seus clientes se interessam e envie emails com certos tipos de produtos. Eu não tomo café, já comprei um secador há séculos e NÃO preciso de um aspirador de pó. Você tem que SABER o público-alvo que está atingindo. Na internet, fale a língua da internet. Um exemplo bobo seria a INTEL, por exemplo, utilizar o viral "Pedro, cadê meu chip" (se você não sabe o que é isso, semate veja aqui )para fazer uma propaganda. Obviamente só poderia ser feita no Brasil uma vez que o viral rolou por aqui. CARA, A GAROTA TÁ ENLOUQUECENDO POR CAUSA DO CHIP. Serião, não tem como não fazer uma propaganda com isso. O pessoal ia , no mínimo, rir muito. E ia espalhar. Coisa boa na internet é que nem doença no meu organismo, espalha que é uma beleza e não tem anticorpos suficientes (se isso não tiver feito sentido FODACE não sei nada de Biologia).

A internet é um PALCO de conhecimento e tem mondigente disperdiçando aê. A gente gosta é de criatividade.E essa foi uma dica humilde de apenas uma estudante latinamericana sem dinheiro no banco sem parentes importantes vinda do interior: saiba falar a língua do seu público-alvo. Mais que isso: brinque com eles, provoque-os. A gente quer ser provocado, sim.

ps: eu adoro a POLISHOP. tenho uma pequena ambição de um dia ter praticamente todos os produtos daquela loja.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nós podemos resolver o que precisamos

Entrevista de emprego não é fácil e requer muita mentira e dedicação. Como vocês não sabem, estou desempregada jogando wow há 2 meses e meio. Até meados de Agosto, trabalhava na Natura na sala de imprensa implementando o banco de dados da mesma. Recebi uma ligação ontem com uma proposta bem diver ($$$$$$$$$$$) de emprego e estava completamente empolgada. Veja bem, eu não gosto de estar sem fazer nada. Embora a faculdade me ocupe um bocado de tempo, ainda me sobra um monte de horas para gastar. E como nem tudo na vida é WoW, Miss Bimbo (Google,se for homem. Se for mulher meaddqueeuteadd), Twitter e seriados, preciso ocupar um tempo ou fico histérica e começo a postar muito no blog (vide esse blog cuja idéia inicial era postar de madrugada, uma vez que é quando estou com insônia :)). Mas vamos ao que interessa..

.... saindo do dentista, para mais uma sessão de clareamento dental, eu.. perai. Veja bem. Meus dentes não são verdes, ok? (não sei porque to me explicando uma vez que meu blog só tem um leitor e este conhece meus dentes rssss). Saindo do dentista, vim para casa a fim de passar o tempo assistindo algum seriado enquanto dava a hora de ir para a entrevista. Quando estou naqueles momentos em que não tem nenhum episódio novo de nenhum seriado que eu assista (e , meu filho, são muitos) , eu parto para a lista dos pré-conceitos: aqueles seriados que eu descartei de assistir ou porque não gostei do nome, ou porque algum idiota indicou (e quem liga pras indicações de um idiota?) ou porque já foi cancelado e eu sou uma pessoa racional que não gosta de investir fundo num relacionamento que não tem mais solução.

Eis que me vem a cabeça GLEE. Tipo assim, eu achei esse nome mó podrão. "GLEE". Nem fui atrás da história porque obviamente não poderia vir nada legal de um seriado chamado GLEE. Mas eu tava com tempo livre, internet de 12 megas, e minha timeline tava cheidigente trabalhando, ou seja, vazia. Sobre a série: Não tenho mais saco pra esses clichês de popular que queria fazer artes e nerd disfarçada de feia. Vamos criar outros estereótipos?

Sobre o que realmente interessa: 14h05. Como toda entrevistada, eu saí procurando dicas de como não fuder na entrevista. Pus um vestido, uma meia-calça preta ,uma maquiagem básica na maior vibe oi-nasci-assim e um salto alto de tamanho médio tipo 9cm, o que é mó ajuda para alguém que mede 1m81 tá, tá, menos 22cm.. Meti um sobretudo marrom por cima porque combina com tudo e dá aquele ar elegante. Li isso num livro.

Dica número 1 para quem vai numa entrevista: abre a janela, imbecil. Perceba que o fato do dia ter amanhecido um frio do caralho ou sua casa ser aquelas de piso geladinho não significa necessariamente que lá fora o tempo está do mesmo jeito. Talvez, só talvez, o mundo não gira em torno da porra do lugar que você se encontra.

Um amigo me disse "Má, se eu puder te dar um conselho: não seja você mesma". Mas eu fui. Eu fui porque sou autêntica, tenho personalidade forte, tenho estilo e se você não me quiser tem quem queira, gostou?pega a senha pegou vai para o final da fila final da fila agora espera.

Chegando lá, fui bem recebida e encaminhada para sala de espera. Cruzei as pernas porque achei que era o que alguém faria e fiquei olhando para televisão porque achei que era o que fariam,também. Estava MUITO nervosa então comecei a revisar mentalmente as lições de vida que eu aprendi com As Pistas de Blue. Peraí, você não sabe o que é Pistas de Blue?

As Pistas de Blue é um programa infantil de televisão, a tradução em português para o programa estadunidense Blue's Clues, da Nickelodeon, adaptado para Portugal. Trata-se de uma série educativa para crianças dos dois aos cinco anos** onde há informação e aprendizagem de todos os tipos, desde como se prepara uma festa de aniversário, até a preparar a criança para ter um irmão. (Fonte: Wikipedia)

(***AQUI ELES EXAGERARAM OKS?)

Fora as dancinhas e a poltrona das idéias (isso fica para um outro post) que é super viciante, As Pistas de Blue ensina um mandamento que eu levo para a vida toda: Já é hora de ir embora... só uma canção agora... obrigado amiguinhos que usou a cabeça para que eu você e a blue não se esqueça: nós podemos resolver o que precisamos!! Repito mentalmente nos meus momentos de puro pânico e terror e acredite-se-quiser: FUNCIONÃO!.

Algumas pessoas respondem a entrevista normalmente, outros dão o CV e tem aqueles que... vomitam. Sim, eu vomitei. Na mesa, em cima da entrevistadora. Tá, mentira. Eu pedi licença e disse que tava passando mal. Ela apontou o banheiro e eu saí delicadamente correndo que nem uma lontra . Não podem reclamar de falta de criatividade já que deve ter sido a primeira vez que alguém liberou fluídos durante uma entrevista de emprego. VOCÊ FOI DESPEDIDO. Talvez JUSTUS me diria isso, talvez não. - Você tem disponibilidade imediata? - Sim - Ok, gostei de você. Me envie seu CV e em breve terá sua resposta.

E que venha o próximo capítulo...

Think About IT

Com o advento da internet criou-se um mundo dinâmico. Por dinâmico entenda que o jornalismo antigo caiu por Terra. Hoje, qualquer um com uma câmera com algumacoisinhamegapixels e um tom de voz atraente consegue fazer uma reportagenzinha que pode vir a bombar no Youtube por algumas horas. Se acontece um assalto, uma bomba explode ou mesmo um chip é roubado, não dá tempo de bolar toda uma matéria com clichezinhos e tiradas geniais. O mundo mudou. Hoje estamos numa era mais rápida, mais poderosa. Estamos na era SEINFELD. Ou você improvisa, ou você está por fora. Tantas câmeras, tantas pessoas falando sobre a mesma coisa, tantos programas e comunidades interligadas, não existe mais repórteres. TODOS TEM VOZ ATIVA. TODOS POSSUEM OPINIÃO. E nenhum se priva de dar suas opiniões.

Como disse o grande mestre ‘’Todo mundo é um palco. / E acho que agora exageramos no exibicionismo’’. É como se tivesse falando do Twitter, Myspace, Flickr, o Fotolog, o Blog, entre tantos outros og’s. Todas essas ferramentas vieram para permitir que cada pessoa tivesse seu espaço e pudesse vir e falar a que veio. E a maioria o faz. Embora, claro, muitos ainda prefiram utilizar palavras rudes ou de baixo escalão [sic] e outros continuam reproduzindo argumentos e palavras de outros, muitas vezes sem nem fazer uma mínima reflexão em cima disso.

A maioria das coisas que existem no Twitter são RT’s. As pessoas que não pensam por si mesmas são as mesmas que ficam apenas dando RT sem nunca refletir sobre o assunto. Não tenha medo de questionar. Não aceite todas as coisas que são ditas para você. Verdade é só uma mentira dita muitas vezes (Goebbels) ou um ponto de vista diferente. Tenha o seu. E mude-o, quantas vezes achar necessário, quantas vezes você precisar.

Discordo quando dizem que o blog vai acabar ou que a internet não deveria ser uma ferramenta de todos. E discordo daqueles que dizem que daqui uns anos a faculdade de jornalismo vai servir só para alfabetizar os estagiários que ainda pecam nos errinhos ortográficos das páginas iniciais desses sites de notícias famosos, sabe como? NÃO ADIANTA entregar a internet na mão de panaca. Panaca na vida real vai continuar sendo panaca no mundo virtual. Vai continuar falando merda, com a diferença de que aqui na internet é possível parar antes de responder, refletir, procurar palavras que reproduzam melhor o que você gostaria de dizer (ou seja, panaca na internet é mais panaca ainda).

Existe uma linha tênue entre utilizar boas idéias aprendendo com elas e ser uma máquina de reproduzir idéias. Num mundo dinâmico onde a possibilidade de confronto de idéias e a quantidade de pessoas conectadas, a primeira pessoa é interessante. A segunda, não. Pense nisso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O valor da pesquisa rssss

Numa reportagem intitulada "Baladas estão proibidas na semana anterior ao Enem" , tirei um trecho que achei bem interessante:

"A privação de sono também modifica o estado "normal" do estudante: a pessoa que não dorme pode desenvolver primeiro o mau humor; depois, vêm o déficit de atenção, de memória e a dificuldade de planejamento, raciocínio e tomada de decisões. Por último, a parte física pode ser afetada, com o desenvolvimento de alguma doença. As recomendações "dão a impressão de conselho de avó, mas funcionam", diz a pesquisadora."

Opa, desculpaí, eu disse interessante? Eu quis dizer LISHO. Tirando o fato de que cada pessoa age de uma forma diferente e que não necessariamente sair de balada uma semana antes é prejudicial, afinal de contas, ninguém fica de porre a semana toda. A menos, claro, que seja algo diferente...
Masintão, cada pessoa age de um jeito e sabe se guenta ou não pegar no tranco depois de uma baladinha. Até ai, oks. Vamos destrinchar o texto:

"Por último, a parte física pode ser afetada, com o desenvolvimento de alguma doença. As recomendações "dão a impressão de conselho de avó, mas funcionam", diz a pesquisadora."

Q?

Serião... doença? Aimeudeus socorrrrrrr fuinabalada não dormi e peguei doença. E sim, dona pesquisadora, é mó conselho de avó.

Agora vamos dar um salto no universo e pularmos para outra questão, porém que esteja a ver com o mesmo assunto(oi?). Pense em um pesquisador. Pensou? Ok. Todo mundo pensou no Google, certo?

EXATO!

Nome, idade, sexo, ocupação: pesquisador (?). Em um questionário sobre empregos, eu sempre me perguntei que tipo de resposta esses caras dão. Deve ser uma daquelas profissões que ninguém dá valor tipo músico ou analista de sistemas (ques sistemas, mew?). A gente até entendia esses cara na época que a única fonte pros trabalhos era aquela porra daquela Barsa (que era caríssima e só os amigo elite tinham) mas na era digital, com os adventos de Google e Wikipedia, pra que serve um pesquisador? Serião, galera, pra que?

Sabe aquelas estatísticas doidas tipo 80% dos entrevistados escolheram que passar as férias no Equador é mais interessante que uma noite de sexo com o vampiro Edward Cullen, da série Crepúsculo? Vamos combinar, não é a coisa mais difícil de fazer.. não precisa pesquisa , não precisa nem abordar o galerê na rua, só jogar uma enquete no site e fechou.

Mas tá, vamos partir da premissa que eles realmente valem alguma coisa. Não dá para só colocar pesquisador na ocupação. Acho que vale aqui dar aquela enfeitadinha no currículo, típico daquelas pessoas que acham o máximo misturar milhões de profissões e viver numa vibe workaholic-eclética-hiperativa. Tipo "Eu manjo de mídias sociais, polo dance e dou palestra dea arte de pescar utilizando técnicas avançadas de Yoga no Mato Grosso do Sul"

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Procurando bem, todo mundo tem pereba *

Eu gostaria de ficar presa em algum seriado.

Ok, algumas pessoas dizem que adorariam ficar presas por um dia no supermercado. Ou em um shopping. Eu não. Eu gostaria de ficar presa em algum seriado. Tipo Rachel em Friends ou Lorelai em Gilmore Girls. Primeiro porque é muito mais fácil viver a vida de outra pessoa que a nossa. Segundo que a vida dos outros sempre parece ser bem mais divertida. E terceiro que já existe toda uma personalidade e um script a seguir, não é como se você tivesse livre arbítrio.
...pensando bem, talvez não seja muuito divertido ficar presa em algum seriado.

Em Gilmore Girls seria praticamente obrigada a viver em Star Hollows pra sempre. Vamos combinar, aquela cidade não tem absolutamente nada. E por mais que seja divertido assistir filmes e ficar fofocando, não é exatamente o que eu tenho como plano de vida. Além do mais tem o hotel para administrar e eu teria uma filha, o que faz com que eu tenha que me colocar em segundo plano, afinal de contas, é preciso alguma responsabilidade para fazer as coisas darem certo e a Rory poder seguir para Yale. Ou talvez, só talvez, se eu fosse um pouco irresponsável, ela largaria a faculdade e viraria balconista em alguma loja de doces de Star Hallow.

Rachel. Linda. Confusa. Divertido ser ela. Ruim não ter carro. Sempre quis ter um bom carro e dirigir para onde eu quisesse ... e eu poderia ser a Robin de How I Met Your Mother e ter toda aquela personalidade masculina que ela tem. E beber cerveja e transar com o Barney de vez em quando e virar apresentadora de TV. Mas , sabemos, não seria assim. Eu provavelmente me apaixonaria pelo Ted, e o seriado acabaria no segundo episódio, mostrando como ele conheceu a mãe de seus filhos.

Patético.

Lilly. Eu realmente poderia ser Lilly. Ela é viciada em moda, sapatos e roupas. E é divertida. E louca. E compulsiva. Nossa, como ela é compulsiva. Eu não gostaria de ter adquirido as dívidas dela. Eu nunca teria enganado Marshall, e provavelmente nunca o teria largado. Mentira, teria sim. Da primeira vez, exatamente como ela, porque ás vezes simplesmente estamos assustadas demais para seguir em frente, sem saber se temos outras pessoas para conhecer durante o caminho e/ou outras histórias para contar. E ela foi em frente, sim, e foi importante para ver que ninguém a faria feliz como Marshall faz.

Eu seria o Marshall. Eu seria loser suficientemente para esperar o amor da minha vida descobrir que precisa de mim. E me entregaria a cerveja e mulheres gostosas enquanto isso, além de me meter nos estudos de Direito, que eu também levaria para frente, sim. E eu seria uma boa advogada. Eu teria bons discursos e eu convenceria muitas pessoas. Mas aí eu teria que ser lésbica e o seriado não teria um ideal de casal e a história não faria mais sentido.

... e eu poderia ser a Katie. Seria uma experiência divertida, até. Eu não teria sua coragem nem sua força de vontade para caçar e se enfiar no mato e cuidar das pessoas. Eu provavelmente ficaria sentada, na minha, fazendo piadas sarcásticas e esperando que os líderes decidissem por mim. E quando o fizessem, eu daria minha opinião sim, só para polemizar, só para ser um pouco mais chata. E eu seria, eu seria Sawyer como ninguém.

E eu não seria nunca Sun, porque ela tem segredos dolorosos demais guardados dentro de si mesma. E embora eu também os tenha, eu não dividiria com ninguém, não. Eu não dividiria. Eu não casaria com um idiota daqueles. Eu não teria um filho com ele. Bem... eu definitivamente não usaria aquele penteado. E eu não teria viajado de avião grávida, então eu também não seria a Claire. E nem a Julie porque eu simplesmente não trocaria qualquer vida que eu tivesse por uma aventurazinha numa ilha maluca cuidando e fazendo pesquisas a respeito de jovens mães . Ah, eu não teria saco pra isso não.

[*carinhosamente retirado de Chico Buarque. Não a pereba... o título]